A mais ou menos quatro anos atrás, surgiu em nossa
propriedade uma plantinha desconhecida, que começou a se alastrar no gramado. Só chamou nossa atenção depois que soltou sementes que grudavam nas barras de calças, nos
calçados, pelo dos animais e em tudo mais que tivesse contato físico com ela.
Consultei um agrônomo conhecido, de uma loja de produtos
agrícolas em Araras, que mesmo sem conhecer a planta, logo indicou um herbicida
para plantas de folhas largas de nome Tordom.
O resultado foi quase imediato, mas a rebrota ocorreu novamente depois
de poucos dias.
Aí então, por se tratar de um produto tóxico, simplesmente optei
por ignorar a praga e fui aparando o gramado cada vez mais baixo para ceifar a
planta antes de produzir sementes. Nas
partes ensolaradas o resultado foi bom, mas nas partes com sombra e com mais umidade
a disseminação não parava, muito pelo contrário, aumentava sempre.
Hoje o quadro é desesperador. O “Cordão de Sapo”, assim como é popularmente
conhecido, se espalhou por toda a propriedade. Qualquer herbicida específico para
folhas largas aparentemente mata a planta, mas depois de alguns dias ela sempre
rebrota. Como nenhum agrônomo que conheço não se interessou realmente em
ajudar-me, parti para uma pesquisa solitária. A planta é conhecida no mundo
inteiro, mas não é tratada ainda como endêmica. Tem até usos fitoterápicos! Mas
o fato é que tem o poder de aniquilar gramados, pastos e o pior, hoje está
completamente adaptada ao nosso clima, aparecendo inclusive em meio a pasto de braquearia que é um tipo de gramínea usada em manejo para controle de nematodes. Ao contrário da maioria de outros países,
por aqui ela não aparece só no inverno não. Permanece vistosa o ano inteiro, mas com prevalência no outono e no inverno.
Se voce tem pasto, horta, jardim ou gramado, fica aqui o
alerta. A planta é terrivelmente invasiva.
Conheço muitas cidades aqui no estado de São Paulo que estão perdidas com a infestação
e tambem algumas cidades de Minas Gerais. Estou admirado dos professores da E.S.A.L.Q
. de Piracicaba ainda não terem tomado providencias uma vez que o centro
universitário tambem está completamente tomado pela praga.
Em nossa pousada em Analândia SP estamos controlando apenas
o entorno das casas e os pastos dos cavalos. O trabalho é manual e algumas
vezes com herbicida do tipo 2-4,D.
Dia 03/09/2013 a Rede Globo enviou uma equipe na pousada Recanto Som das Águas em Analândia SP para gravar uma matéria sobre a "Drymaria Cordata". Matéria essa que deve ir ao ar oportunamente no programa Globo Rural. Segundo a Dra. Patrícia Monquero do departamento que estuda ervas daninhas da faculdade de agronomia da UFSCAR, que tambem participou da matéria, a praga é realmente muito difícil de ser controlada. Presente praticamente no mundo todo, hospeda nematoides do gênero meloidogyne nos galhos e raízes.
A Drymaria Cordata propaga-se por sementes e fragmentos de caule. No caule existem nózinhos que soltam raízes. As sementes tem uma "cola" que gruda em animais domésticos, pessoas, pássaros e qualquer coisa com a qual tenha contato físico. O controle mecânico portanto fica complicado, pois qualquer semente ou pedacinho que ficar para trás de numa capina, por exemplo, brota e vira uma nova planta. As formas possíveis não químicas de controle são duas: A solarização do solo(vide EMBRAPA) ou aumento de cobertura morta. São técnicas de manejo eficientes em canteiros de jardins e hortas. Já em gramados e pastagens é preciso usar herbicidas pré e pós emergentes. A linha dos herbicidas do tipo Tordon ou 2- 4D, que são os mais usados para folhas largas, não matam a planta. Apenas matam a parte aérea, depois ocorre a rebrota. Particularmente acho que o problema deve aumentar muito pois a proliferação está fora de controle e a maioria das pessoas não faz nada para amenizar o problema. Como a praga até agora não é problema mais sério em grandes culturas que predominam no estado de São Paulo, principalmente da cana, não vejo solução. O custo de lançamento de uma nova molécula para compor um herbicida é muito alto e não se justifica.
21/05/2014. Durante o outono e inverno do ano anterior controlei o "Cordão de Sapo" com herbicidas pré e pós emergente nos gramados e no pasto. Esse ano ficou muito mais fácil devido a seca que ocorreu no final do verão e outono aqui na região central do estado de São Paulo. Essa planta precisa de bastante umidade e apenas o orvalho não basta para ela. Tenho feito agora mais o controle manual evitando pulverizações sempre tomando o cuidado de não deixar resíduo da planta no lugar onde foi arrancada.
Gêneros de nematoides como Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne spp., Heterodera, Rotylenchulus reniformis têm causado preocupação especial em Mato Grosso. De acordo com a pesquisadora da unidade Valéria Oliveira Faleiro, da Embrapa Agrossilvipastoril, especialista na área de Nematologia, trata-se de um problema que já vem de algum tempo, mas levantamentos realizados pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso) e Aprosmat (Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso), revelaram que a partir de 2010 houve um agravamento do nível de dano causado pelos parasitas, preocupando técnicos e produtores.
Confundir com deficiências de ordem nutricional, desconhecer ou subestimar o problema e até mesmo ter medo da depreciação do valor de sua terra no mercado. São esses alguns dos fatores que mais limitam a eficiência no controle dos nematoides. Na média, os danos causados às culturas de soja, milho e algodão ficam entre 10 e 30%. Em alguns casos, porém, essas falhas de manejo podem comprometer inteiramente uma lavoura.(dados colhidos no site Portal Dia de Campo)
A Drymaria Cordata propaga-se por sementes e fragmentos de caule. No caule existem nózinhos que soltam raízes. As sementes tem uma "cola" que gruda em animais domésticos, pessoas, pássaros e qualquer coisa com a qual tenha contato físico. O controle mecânico portanto fica complicado, pois qualquer semente ou pedacinho que ficar para trás de numa capina, por exemplo, brota e vira uma nova planta. As formas possíveis não químicas de controle são duas: A solarização do solo(vide EMBRAPA) ou aumento de cobertura morta. São técnicas de manejo eficientes em canteiros de jardins e hortas. Já em gramados e pastagens é preciso usar herbicidas pré e pós emergentes. A linha dos herbicidas do tipo Tordon ou 2- 4D, que são os mais usados para folhas largas, não matam a planta. Apenas matam a parte aérea, depois ocorre a rebrota. Particularmente acho que o problema deve aumentar muito pois a proliferação está fora de controle e a maioria das pessoas não faz nada para amenizar o problema. Como a praga até agora não é problema mais sério em grandes culturas que predominam no estado de São Paulo, principalmente da cana, não vejo solução. O custo de lançamento de uma nova molécula para compor um herbicida é muito alto e não se justifica.
21/05/2014. Durante o outono e inverno do ano anterior controlei o "Cordão de Sapo" com herbicidas pré e pós emergente nos gramados e no pasto. Esse ano ficou muito mais fácil devido a seca que ocorreu no final do verão e outono aqui na região central do estado de São Paulo. Essa planta precisa de bastante umidade e apenas o orvalho não basta para ela. Tenho feito agora mais o controle manual evitando pulverizações sempre tomando o cuidado de não deixar resíduo da planta no lugar onde foi arrancada.
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