O título desse Post é uma
frase dita por Eleanor Roosevelt. Vale para quase tudo, mas para um pousadeiro é uma verdade
inconteste. O sujeito que pensa em manter uma pousada delegando funções e
contratando serviços, está fadado a sucumbir logo nos primeiros anos. Se tiver “bala
na agulha” a agonia é lenta e pode até dilapidar um patrimônio herdado da
família.
Começamos com três funcionários fixos e hoje não temos nenhum.
Isso pode parecer impossível, mas é verdade. Apenas um casal consegue manter
uma pousada com nove acomodações que comportam vinte e três pessoas. A bem da
verdade temos três filhos entre oito e quinze anos e já podemos contar com a
colaboração dos mesmos como aprendizes. Esse fator é importantíssimo para que
vínculos sejam criados e tambem para a manutenção e expansão futura do negócio.
O melhor de tudo em uma micro-empresa estritamente familiar é a
liberdade. Liberdade no sentido extenso de seu significado. Isso não tem preço!
Desenvolverem-se a ponto de precisar cada dia menos de terceiros.
Trabalhamos muito tambem em busca da sustentabilidade produzindo
muita coisa no sítio. Para ter lucro mantendo um preço acessível à maioria é
preciso agregar valor ao que se produz. Fazemos nossas geléias, compotas, bolos
e pães. Temos horta, pomar e galinheiro. Agora estamos implantando através de técnicas
de permacultura o sistema de agro-floresta. A única experiência que fracassou foi
criação de vacas leiteiras. Hoje
compramos leite e queijo do vizinho e isso tambem é colaborar com a
sustentabilidade do lugar.
Em julho de 2014 o Recanto Som das Águas vai completar doze anos. Foram
anos bem vividos e aprendemos muito. A família se uniu em torno do
empreendimento e fizemos novos amigos com os quais trocamos muitas experiências
de vida.
Uma pousada é um bom negócio? A resposta é muito simples, depende
de voce.
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