Sistema de diária
simples, com meia pensão ou com pensão completa?
A ideia de escolher um local encantador e construir uma
pousadinha simples, funcionando como a extensão da própria casa, é o sonho de
quase todos. A pessoa se imagina de bermuda, sem horários rígidos, tranquila e sempre recebendo pessoas simpáticas e interessantes. A realidade é
outra, infelizmente. Segundo o SEBRAE, a cada dez
empreendimentos abertos, sete fecham antes de completar cinco anos.
No momento de abrir a firma já aparece a primeira surpresa. É preciso abrir uma
firma para a pousada e restaurante. Isso, só para poder servir
cafés da manhã que é considerado uma pequena refeição. Por conta desse disparate, resolvemos tambem servir almoço e
jantar, ora bolas!
Para começar, contratamos apenas uma cozinheira.
Durou
pouco. Depois de trabalhar no vermelho por cinco meses, sem uma retirada suficiente para pagar a cozinheira
resovemos despedí-la e assumimos a cozinha. Como o movimento era pequeno, julgava-nos capazes de
fazer tambem essa tarefa. O resultado prático foi muitas desavenças com a minha
mulher e nenhum lucro.
Por dez anos fechamos e abrimos nosso restaurante
várias vezes. Analândia não tinha uma boa estrutura gastronômica e com a
pressão dos hóspedes sempre tínhamos uma recaída. Se tivéssemos aberto para o
público em geral, é provável que tivéssemos obtido sucesso, mas optamos por não
ter grande fluxo de pessoas dentro da propriedade, preservando assim a
tranquilidade do local.
Ter a pousada como segunda fonte de renda, possibilitou essa
nossa atitude. Mas esse foi o nosso principal problema durante dez anos e por causa
dele quase desistimos de tudo.
Hoje felizmente a estrutura turística da Estância melhorou,
inclusive abriram novos e bons restaurantes.
Para ser viável, um pequeno restaurante precisa servir pelo
menos cinquenta e quatro refeições diárias e ter pelo menos três funcionários. Como por enquanto funcionamos só em finais de semana, definitivamente
não temos como servir refeições.
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